Voleio por debaixo da perna, vitória sobre o amigo e volta ao topo: a semana de Melo

7 de novembro de 2017 por Randal Vacchi

O mineiro Marcelo Melo teve uma semana espetacular no Masters 1000 de Paris, última competição deste nível na temporada. Ao lado do polonês Lucasz Kubot, ele conquistou o título com uma recuperação incrível da decisão e os dois seguem líderes do mundo. Para completar as conquistas, o brasileiro ainda assumiu também a ponta do ranking individual de duplas. Empatado em número de pontos com o parceiro, Marcelo Melo tem um campeonato a menos e por isso é o primeiro. O problema é que após o ATP Finals, 90 pontos do tenista serão novamente descontados e Kubot o ultrapassará na tabela impossibilitando Melo de terminar na frente ao fim do ano. Na semifinal em Paris, havia passado pela dupla de Bruno Soares, seu amigo de infância, que joga ao lado do britânico Jamie Murray. Na decisão, um lance roubou a cena.

O jogo estava 2 a 2 no primeiro set, e o game era de saque de Marcelo Melo. Com 40 a 0, ele forçou o serviço, mas a devolução de Granolers foi muito boa. Só restou para o brasileiro matar o ponto em um voleio por debaixo das pernas.

O título em Paris foi o sexto para a dupla na temporada. Antes, o time já havia sido campeão dos Masters de Miami e Madrid, do Grand Slam de Wimbledon, e dos ATP de Halle e Rosmalen. Com isso, a equipe está na liderança do ranking mundial e tem tudo para fechar o ano em primeiro da classificação, já que resta apenas um evento: o ATP Finals, em Londres, que reúne as oito melhores parcerias.

Além de Melo, outro brasileiro está entre os melhores do mundo. Amigo de infância de Marcelo, Bruno Soares faz dupla com Jamie Murray e está em terceiro no ranking. No Masters de Paris, Soares só não foi mais longe, porque parou na semi diante do compatriota.

Na carreira, Melo alcançou a marca de 28 títulos em 50 finais disputadas. Ele, que está com 34 anos, se especializou em duplas em 2007 e, desde então, está entre os primeiros colocados. Nestas temporadas, ganhou pelo menos um título por ano. O gosto de levantar o troféu, ele conhece bem. Mas, em Paris, quis mais, e mordeu o caneco!

Originalmente publicado em Globo Esporte.

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